De olhar para baixo ou Como se fosse música

Ai de quem tenta ver o que há no instante,
Para prender em versos um momento.
O vento espalha a resma de papel
E o instante é como o vento.

Porém, parece haver uma constante
No próprio mundo, alheia ao pensamento.
Tudo é Um, apontando para o céu,
E o céu luz no cimento.