Sonetos a Orfeu II, 29 [Tradução]

Após chegar tão longe, amigo solitário,
Vês como respirar dilata o espaço ao teu redor.
Permitas que este breu seja teu campanário,
E tu o sino. Ao toque que ressoas, a pior

Batida vira aquilo que te dá vigor.
Indo e voltando à pendular mudança do caminho.
Como é sentir tamanha dor?
Caso a bebida amargue, vires vinho.

À noite indômita,
Seja o mistério atravessando os teus sentidos
Ë o sentido que se encontra lá.

Mesmo que o mundo não escute mais os teus gemidos,
Diga à terra silente: eu fluo.
À água corrente diga: eu sou.